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Origens do Vinho

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ORIGENS E TRAJETÓRIA DO VINHO

O vinho, uma bebida tão antiga quanto a própria humanidade, só foi possivelmente conhecido a partir do estabelecimento de uma vida sedentária entre populações primitivas até então adeptas do nomadismo. Historicamente, os registros mais antigos de sua existência e de seu uso remontam às civilizações orientais compostas por povos como sumérios, babilônios e hititas que foram precursores de vários países do atual Oriente Médio. Remontam também a regiões que hoje compõem a Turquia e o Egito. Por outro lado, os vestígios mais significativos de sua existência foram detectados no período de  7.000 a 5.000 anos antes de Cristo, na Geórgia, em território russo. Sabe-se ainda que a elaboração dos primeiros vinhos da história deveu-se ao acaso, tal como narra a Bíblia no episódio em que Noé, após o dilúvio, amassou um punhado de uvas, degustou seu suco e acabou embriagado – o que já atesta uma conseqüência negativa dessa degustação.

No entanto, o cultivo de vinhas destinado de maneira específica ao consumo e distribuição do vinho começou no Egito e atingiu o Ocidente através da Grécia e de Roma. Nesses locais, embora se tratasse de uma produção artesanal, tinha como objetivo o comércio diferentemente da sociedade egípcia na qual o vinho exercia uma função eminentemente religiosa. A religião foi  igualmente responsável pela sua confecção na Idade Média quando os mosteiros católicos exerceram o monopólio daquela bebida destinada às práticas sagradas e curativas. Nesse período, em várias localidades da França, o aprimoramento da referida produção originou cepas até hoje afamadas.

O final do período medieval trouxe ao mundo uma série de transformações que permitiram a extensão marítima as mais longínquas regiões, levando consigo hábitos, costumes e atividades comerciais e agrícolas. Dentre essas últimas, a viticultura que propiciou ao continente americano um aperfeiçoamento gradativo no cultivo e fornecimento da bebida.

Foi em fins do século XVIII e no decorrer do XIX que o progresso científico e técnico deu origem à industrialização, responsável por uma  produção mecanizada e massiva  que influenciou a comercialização e degustação do vinho, levando a comparações desfavoráveis desse novo produto frente às práticas artesanais até então em voga.

A partir do século XX, no entanto, a produção dos vinhos tomou rumos diferenciados mercê de  conhecimentos que propiciaram inovações tais como o cruzamento e o desenvolvimento de leveduras selecionadas geneticamente, a colheita mecanizada e a fermentação “a frio” na elaboração dos vinhos brancos. E ainda que pese a opinião dos que consideram os vinhos dos séculos passados como superiores, os atuais têm certamente um nível de qualidade que põe em questão a comparação  entre passado e presente na viticultura.